Estudos, textos e mídias em português e inglês sobre a tradição religiosa Hindu Gauḍīya Vaiṣṇava, seguidora de Rūpa Gosvāmī e Caitanya Mahāprabhu. Bābājīs são os seguidores renunciados dos seis gosvāmīs de Vṛndāvana. Caracterizam-se pelas práticas esotéricas dos 6 Gosvāmīs. Esta tradição é conhecida também por Bhakti Yoga ou Hare Kṛṣṇa no ocidente.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
domingo, 30 de setembro de 2012
Radhashtami at Radhakund 2012 Abhisheka by Sri Ananta Das Babaji
Radhashtami Radha Gopinath Temple Abhisheka by Sri Ananta Das Babaji
Which vaisnava books to read first? By Shri Ananta Das Babaji Maharaj
"First "Prema Bhakti Candrika", then for highest gopi manjari bhava, highest Radha Krsna seva bhajan: "Radha Rasa Sudhanidhi", "Vilapa Kusumanjali", how is seva... all is there..."
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Kirtan 24 horas no Radhakunda desde 1965
Kirtan 24 horas no Radhakunda desde 1965 (no Samadhi de Raghunatha Gosvami)
24 hours Kirtan at Radhakunda since 1965 (at Raghunatha Gosvami Samadhi)
24 hours Kirtan at Radhakunda since 1965 (at Raghunatha Gosvami Samadhi)
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Quais livros vaisnavas ler primeiro? Por Shri Ananta Das Babaji Maharaj
"Primeiro "Prema Bhakti Candrika", depois para a mais elevada gopi manjari bhava, mais elevada Radha Krsna seva bhajan: "Radha Rasa Sudhanidhi", "Vilapa Kusumanjali", como é o seva... está tudo aí..."
Which vaisnava books to read first? By Shri Ananta Das Babaji Maharaj
"First "Prema Bhakti Candrika", then for highest gopi manjari bhava, highest Radha Krsna seva bhajan: "Radha Rasa Sudhanidhi", "Vilapa Kusumanjali", how is seva... all is there..."
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Pintura Original de Rupa Gosvami pelo Artista do Imperador Akbar (Original painting of Rupa Gosvami by Emperor Akbar's Artist)
Pintura Original de 500 anos de Rupa Gosvami pelo Artista do
Imperador Akbar
(Original 500 years old painting of Rupa Gosvami by Emperor
Akbar's Artist)
(Foto: Capa do livro Rasadarsan por Ananta Das
Babaji)
A pintura na capa é de Sri Rupa, que foi um seguidor de Sri
Caitanya Mahaprabhu. Ele foi um devoto rasika
muito elevado e o Rei de todos os poetas.
Aqui ele é visto numa postura de humildade numa conversa com o
Imperador Akbar. Ele foi registrado neste humor há aproximadamente 500 anos
pelo artista do Imperador. Na parte interior de sua coxa direita vemos ‘Baba
Rupa’ rabiscado em persa. Como o tempo cobrou seu preço na pintura, ela
necessitou de um leve retoque. O original está muito cuidadosamente guardado no
Sri Radhakund.
ENGLISH
Original 500 years old painting of Rupa Gosvami by Emperor Akbar's Artist
(Picture: Cover of the book Rasadarsan by
Ananta Das Babaji)
The picture on the cover is that of Sri Rupa, who was a
follower of Sri Caitanya Mahaprabhu. He was a topmost rasika devotee and the King of all poets.
Here he is seen in a humble posture in conversation with
Emperor Akbar. He was captured in this mood about 500 years ago by the
Emperor’s artist. On his inner right thigh we see ‘Baba Rupa’ scrawled in
Persian. Since time had taken its toll on the picture, it required a brief
retouch. The original is mostly carefully stored in Sri Radhakund.
terça-feira, 10 de julho de 2012
Biografia Hagiografia de Sri Kunjabihari Das Babaji Maharaja
Hagiografia de Śrī Kuñjabihāri Dās Bābājī Mahārāja
Série Biografias Resumidas
dos Bābājīs Gauḍīya Vaiṣṇavas
SRI KUNJABIHARI DAS BABAJI MAHARAJA
(1896-1976)
Kunja Bihari Das Babaji era um Tewari
Brahmana de Meshya, uma pequena aldeia perto de Jhalda, no distrito de Purulia,
no noroeste da Bengala. Recebeu o nome de Kunja Kishor Tewari quando nasceu, no
Jhulan Purnima de 1896, sendo o único filho de Nilakamal Tewari e Muktamala
Devi. Ele se interessou por assuntos religiosos quando ainda garoto, aprendendo
as versões bengalis do Mahabharata e do Ramayana de seu tio, Nilamadhab Tewari.
Parecia que a religião Caitanyaísta não era bem conhecida na região na época, e
sua primeira atração religiosa foi ao Rama-carita Manasa, de Tulasi Das. Foi
apenas em meados dos anos 1920, que ele encontrou pela primeira vez o
Bhagavata-purana, com a tradução e comentário de Radhavinoda Goswami. Como de
costume nestas circunstâncias, os pais de Kunja Kishor se preocuparam a
respeito dos interesses religiosos de seu único filho, e o casaram ainda em
idade jovem, para garantir seu compromisso com a família.
Muito embora tivesse apenas uma
limitada educação formal, Kunja Kishor abriu uma escola primária em sua aldeia,
onde ensinou por vinte anos. Seus interesses principais continuaram a ser
religiosos, mas, ao mesmo tempo, ele engajou seus estudantes no movimento
nacionalista (Svadeshi), cultivando algodão e fiando-o com o intuito de fazer
roupas caseiras. Ele foi particularmente influenciado por Nibaran Chandra
Dasgupta, o editor da revista Mukti, que era o órgão principal do partido do
Congresso no distrito. Nibaran Chandra era também um Vaisnava, que via a
independência como um meio de melhorar o status da religião Caitanyaísta. Kunja
Kishor foi muito influenciado por seu ensinamento, em particular, sua atitude
diante da proliferação de líderes religiosos na Bengala reivindicando serem
encarnações de Deus. Ele foi também introduzido por este a alguns dos aspectos
mais sutis dos ensinamentos do Caitanya-caritamrta.
Em 1922, Nilakamal Tewari morreu.
Kunja Kishor seguiu os rituais de luto obrigatórios, finalizando com a
cerimônia sraddha, mas, logo depois disto, ele adoeceu e por aproximadamente
oito meses foi repetidamente atacado por fortes febres. Depois desta longa
doença, Kunja Kishor passou por um período que durou aproximadamente um mês e
meio da estação chuvosa de 1923, o qual ele mesmo descreveu como unmada, “insanidade”. Ele experimentou
este período como sendo de grande alegria e liberdade, afirmando ter tido
visões de Radha e Krishna e ouvindo sons divinos, etc. Mais adiante em sua vida,
ele olhou para este período como um precursor de suas experiências como um perito
no Radha Kund.
Apesar de todas essas
distrações, a escola de Kunja Kishor continuou a ser um sucesso, com muitos de
seus graduados ganhando bolsas de estudo para seus estudos posteriores. Assim,
embora ele tendesse a usar a escola como uma plataforma para atividades
religiosas e políticas, havia pouca objeção dos inspetores escolares. Um de
seus estranhos costumes de classe era manter uma caveira humana, encontrada num
campo, num exibidor com intuito de lembrar a seus estudantes da impermanência
da vida. Gradualmente, a escola cresceu e um novo prédio, com o aspecto de um
ashram, foi erigido no meio de um campo e lhe foi dado o nome de Sevasrama. Um
festival Vaisnava de três-dias, o qual continua a ocorrer lá anualmente, foi
inaugurado pelo tio de Kunja Kishor, Subal Chandra Tewari.
No começo dos anos de 1930, a
influência dos ensinamentos dos Sahajiyas e Bauls começaram a ser sentidas no
distrito, e alguns amigos próximos da família Tewari também se tornaram membros
destas seitas. Kunja Kishor sentiu-se muito afortunado de encontrar um Vaisnava
de Vrindavan, que estava viajando na área na época. Deste ele aprendeu muitos
aspectos do ensinamento Vaisnava, como este é preservado em Vrindavan, incluindo
a sucessão discipular e a importância do siddha-pranali na tradição Gaudiya
Vaisnava. Kunja Kishor tinha sido iniciado por Gopal Chandra Thakur Goswami de
Jhalda quando tinha apenas dez ou onze anos de idade.
Ele agora dera passos para
recuperar o conhecimento de siddha-pranali, que era a chave para promover o
avanço no caminho espiritual. Com entusiasmo renovado e munido com esta
compreensão aprofundada da tradição ortodoxa, ele organizou para converter
diversos de seus vizinhos Sahajiyas e Bauls para o caminho do puro Vaisnavismo.
Isto causou um distúrbio e os Bauls iniciaram uma campanha de criticismo contra
a ortodoxia Vaisnava. Uma grande assembléia foi chamada a se reunir no Sevasram,
em novembro de 1934, para estabelecer a supremacia do movimento ortodoxo.
Muitos convidados falantes de todo o mundo Vaisnava foram convidados, liderados
pelo erudito Vrajendranath Chakravarti de Jhalda. O resultado do encontro foi
que a influência no distrito de várias sub-seitas Tântricas do Gaudiya Vaisnavismo
estava seriamente enfraquecida.
Infelizmente, apenas poucas
semanas após este sucesso, a esposa de Kunja Kishor morreu num parto. Ele
continuou sua vida como um professor por mais vários anos enquanto desempenhava
suas responsabilidades para com suas duas filhas, Vinodini Devi e Janaki Bala,
zelando por seus casamentos e educação. Durante essa época ele continuou a
organizar grandes assembléias com o nome de Gaudiya-Vaisnava-Dharma-Samraksini
Sabha (“Conselho para a proteção da religião Gaudiya-Vaisnava”). Aqueles que
tinham sido iniciados eram encorajados a encontrar seus siddha-pranalis, enquanto
aqueles que eram iniciados em movimentos heterodoxos eram encorajados a buscar
reiniciação. Ele juntou dinheiro para que aulas de mrdanga e kirtana pudessem
ser dadas no Sevasram e formou um grupo de kirtana com os estudantes que
participaram.
Conversas da estreita aderência
de Kunja Kishor à ortodoxia de Vrindavan chegaram aos ouvidos de Krishna
Caitanya Das Babaji do Radha Kund, também oriundo de Jhalda, quem lhe escreveu
dizendo que sentia que Kunja Kishor devia ter sido um amigo seu por muitas
vidas. A gentileza de um grande monge como Krishna Caitanya Dasji teve um
efeito profundo em Kunja Kishor e seu interesse na vida material diminuiu mais
ainda. Em 1937, durante o período Kumbha (meio do inverno), ele foi para o Radha
Kund, para um mês de férias, e aceitou Krishna Caitanya Dasji como seu siksa-guru,
tomando o Panca-tattva e outros mantras dele, bem como instruções sobre
adoração. Krishna Caitanya Dasji morreu um ano depois.
Em 1939, Kunja Kishor voltou
para Braj com sua mãe, desta vez para sempre. Ele foi imediatamente iniciado na
ordem de vida renunciada, pelo renomado erudito Advaita Das Babaji de
Govardhan, recebendo o nome Kunja Bihari Das Babaji. Poucos meses depois sua
mãe também tomou a ordem renunciada de Advaita Dasji, recebendo o nome de Madhavi
Dasi. Ela continuou a viver em um quarto perto do Gopa Kuwa, no Shyam Kund, antes
de morrer em 1944.
Kunja Bihari Dasji encontrou
uma cabana em Brajananda Ghera, e com a ajuda de doações recebidas de seus
conterrâneos ele pode melhorar muito o prédio. Neste, ele estabeleceu uma
editora a qual chamou de Krishna Caitanya Sastra Mandir, em homenagem a seu
siksa-guru. Ele publicou não apenas numerosos livros como Bhavakupe Jiver Gati,
Paratattva Sammukhya, Bhakti-kalpa-lata, Bhakti-rasa-prasanga e
Manjari-svarupa-nirupana, mas muitas pinturas e mapas também. O afamado erudito
de história Vaisnava e literatura Bengali, Biman Bihari Majumdar, usou o Bhakti-rasa-prasanga
como um texto obrigatório para seu curso de mestrado M.A. na Universidade de Patna.
Em sua introdução ao Manjari-svarupa-nirupana,
Kunja Bihari Dasji escreve que seu primeiro entendimento com o humor de manjari
foi através de seu guru de renúncia, Sri Advaita Dasa Babaji de Govardhana, a quem
ele chamou de o mais notável erudito do mundo Vaisnava, especialmente no
assunto de estética ou arrebatamento sagrado. Desta época em diante, ele
tornou-se especialmente interessado no assunto e começou a coletar referências
do humor de manjari sempre que ele se deparava com elas, dando atenção especial
aos diferentes ingredientes necessários para produzir a experiência do arrebatamento
sagrado neste humor. Mais tarde, ele teve a oportunidade de viver por um longo
tempo com outro grande erudito e residente do Radha Kund, Dinasarana Dasa
Babaji, e pôde estudar meticulosamente toda a literatura sobre o assunto.
Durante este período, a maior parte dos materiais encontrados neste livro eram
compilados. Depois, outros residentes do Kund deram encorajamento, e através de
ajuda financeira recebida de várias fontes, esses materiais foram publicados
como “An inquiry into the nature of Radha’s handmaids”. (Uma investigação sobre
a natureza das criadas de Radha – ainda sem tradução)
Kunja Bihari Dasji fez um
grande número de discípulos, vários dos quais mais tarde tornaram-se abades do
Radha Kund. Seu discípulo mais célebre, Ananta Das Babaji, é um grande erudito
por seus próprios méritos, que publicou numerosas obras da Krishna Caitanya
Sastra Mandir. A influência de Kunja Bihari Das continua a ser sentida em sua
cidade natal, que seus habitantes identificam como Jharikhand, a área de selva
através da qual Caitanya passou em seu caminho de Puri para Vrndavana em 1513,
evitando a estrada mais freqüentada ao longo do Ganges. A proporção de babajis
vivendo no Radha Kund, que vem da parte mais ocidental da Bengala, é bem maior
do que 50%. O Vaisnavismo no distrito de Puruliya continua carregando a forte
marca das práticas encontradas no Radha Kund.
Kunja Bihari Dasji desapareceu
deste mundo no ano de 1976, aos 80 anos de idade.
A informação biográfica apresentada aqui é baseada no panfleto “Paramaradhya Sri-Sri-gurudev Om Visnupad 108 Srimat Kunja-bihari Das Babaji Maharajer Caritavali o Sucaka”, escrito por Ananta Das Babaji (Vrindavan: Sri-Kesava Das, 1979).
Compilação e tradução para o inglês por Jan
Brzezinski (Jagadananda Das)
Tradução
para o português por David Britto em junho
de 2011 (reformatada em julho de 2012)
Fontes:
Jayasriradhe disponível
no blog Rāgānugā Bhakti
Bābājīs e word pdf em Google Drive ou 4shared
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